terça-feira, 1 de março de 2016

O domínio de si é uma obra de grande fôlego

Para conseguir viver a virtude da castidade, é necessário ter o domínio de si, das próprias paixões e impulsos. Isso, de fato, é algo muito difícil e demanda um grande esforço pessoal ao longo das nossas vidas.

De fato, a Igreja sabe disso. Tanto que o Catecismo da Igreja Católica (CIC) diz o seguinte: “O domínio de si é uma obra de grande fôlego. Nunca poderá considerar-se total e definitivamente adquirido. Implica um esforço constantemente retomado, em todas as idades da vida”, (2342).

Realmente, a luta para ter o domínio de si e viver a virtude da castidade é uma obra de grande fôlego. Não acontece da noite para o dia, em um passe de mágica.

O domínio de si e a castidade são obras de grande fôlego
Por exemplo, é praticamente impossível erguer um grande edifício em alguns dias. Há muitos processos envolvidos na construção, pois é necessário fazer a fundação, as paredes, andares, instalações elétricas e hidráulicas, entre outras.

Assim também é com a castidade. Como diz o CIC, “A castidade conhece leis de crescimento e passa por fases marcadas pela imperfeição, muitas vezes até pelo pecado”, (2343).

Desta forma, como na construção de um prédio, a “construção” da castidade também envolve diversos processos dentro de nós.

Quando nos damos conta do quão grande é o amor de Jesus por nós, deixamos de fazer coisas que desagradam o nosso Senhor e que, além disso, nos fazem mal. A partir daí renunciamos ao pecado, inclusive àqueles contra a castidade.

Assim, inicia-se um processo de decisões livres pela castidade e um aperfeiçoamento constante para vivê-la.

Mesmo que aconteça algumas quedas no decorrer desse processo, o importante é crescer a cada dia nessa virtude, passando por cada uma das fases de crescimento. “O homem virtuoso e casto «constrói-se dia a dia com as suas numerosas decisões livres. Por isso, conhece, ama e cumpre o bem moral segundo fases de crescimento»”, (CIC, 2343).

Mesmo que você já tenha passado por várias fases de crescimento da castidade e já tenha crescido bastante nessa virtude, é necessário crescer mais ainda. O domínio de si é uma obra que nunca acaba, sempre há o que melhorar.

Voltemos ao exemplo do grande edifício, vamos supor que ele já esteja pronto e em pleno funcionamento. Contudo, como em qualquer construção, às vezes, aparecem infiltrações, algumas rachaduras, entre outros probleminhas que passam por despercebido aos nossos olhos. O quê deve ser feito? Reparos.

Então, mesmo que a construção da sua castidade esteja, digamos, em fase “avançada”, é preciso olhar ainda mais dentro de si e fazer os “reparos” necessários, para continuar a crescer nessa virtude.

Sendo assim, continuemos a nos aperfeiçoar mais a cada dia nessa virtude, independente de quantas fases de crescimento você já tenha passado. Sempre há o que melhorar. De fato, o domínio de si e a virtude da castidade são obras de grande fôlego, difíceis e demandam bastante esforço, mas vale muito a pena.

Que a Virgem Maria interceda por nós e que o Espírito Santo nos conceda a graça de imitar a pureza de Cristo (CIC, 2345).