quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Ser homem de verdade a exemplo de São José

De alguns dias pra cá, me estava fazendo a seguinte pergunta: “Como me tornar um homem melhor?”. Penso que esse tipo de questionamento é algo comum na vida de todos nós homens que queremos ser melhores.

Diante disso, lembrei-me de São José. Sem dúvida, um grande exemplo para todos nós. São muitas as virtudes e qualidades de José que podem nos ensinar a sermos homens de verdade.

Às vezes, a imagem de um “homem de verdade” é tida como quem sabe fazer a barba, estufa o peito e fala grosso. Porém, isso é um engano. O que define um homem são coisas mais profundas que estão em nossas atitudes e posturas diante da vida.

São José: exemplo de homem justo e confiante em Deus.

Acredito que o primeiro passo para ser um homem melhor é ser justo, como São José, que é definido na Palavra como um homem justo (Mateus 1,19).

Mas, afinal, o que é ser justo?

Ser justo, como São José, é ser uma pessoa íntegra, correta e que segue os desígnios de Deus. Se fizermos isso, já daremos um grande passo para sermos homens melhores.

Outro passo é confiar em Deus.

Quando o rei Herodes mandou matar todos os meninos de Belém que tinham menos de dois anos, São José foi avisado por meio de um anjo do Senhor para fugir e ir ao Egito, a fim de proteger o Menino Jesus.

Resumindo: São José tinha que fazer uma longa viagem para um lugar estranho e de língua diferente, enfrentando o calor do deserto, durante o dia; e o frio, a noite. Missão difícil, né?

Porém, São José, confiou em Deus e foi com Maria e Jesus para o Egito. Ao final, deu tudo certo. Jesus estava protegido. Depois de um tempo, eles saíram do Egito e passaram a viver em Nazaré (Mateus 2, 13-23).

Às vezes, diante das dificuldades, nós homens agimos somente com as nossas próprias forças e esquecemos de confiar em Deus. Quando confiamos em Deus, passamos a lidar melhor com as contrariedades da vida.

Com o exemplo de São José, podemos também aprender a viver a castidade. José nunca teve relações com a Mãe de Deus. Soube ser casto e respeitar a dignidade de Maria.

São João Paulo II disse que “Deus deu como dever de cada homem a dignidade de cada mulher”. Que, com o exemplo de São José, saibamos proteger a dignidade das nossas namoradas, sabendo que há momento certo para cada coisa, e coisas que são exclusivas do matrimônio.

Como pai adotivo de Jesus, São José colaborou com Maria na educação do Filho de Deus e ensinou a Jesus a profissão de carpinteiro. Desta forma, são José ensina a nós homens a exercer a paternidade, que é dar bons conselhos e preparar os filhos para viverem na sociedade.

Enfim, podemos aprender muito com José a sermos homens melhores. Em algumas orações a São José, ouvi o termo “valei-nos”, que significa ajudai-nos. Sendo assim, que São José nos ajude a sermos homens justos, confiantes em Deus, castos e sábios para exercer a paternidade. São José, valei-nos!


Fonte:

Portal Canção Nova, São José: Um homem justo. Disponível em: <http://formacao.cancaonova.com/igreja/santos/sao-jose-um-homem-justo/> Acesso em: 24 de setembro de 2015.

quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Esperar sem se desesperar

Esse texto é para você que é solteiro e está esperando o príncipe ou a princesa que Deus tem para ti. O momento da espera realmente não é fácil, mas é algo necessário. Deve-se aproveitar bem esse tempo para preparar o coração.

Nos contos de fadas, estamos acostumados a ver uma espera passiva. No caso da Rapunzel, por exemplo, ela espera o príncipe encantado sentada, penteando os cabelos e vendo o tempo passar. Pior ainda é a Bela Adormecida, que passava o dia inteiro tirando um cochilo (rs).

Para nós, cristãos que não vivemos em contos de fadas e, sim, na realidade, a nossa espera deve ser ativa. Antes de encontrar alguém para amar, devemos praticar o amor desde já, como solteiros.

Homem olhando para o relógio de pulso.
“De baixo do céu, há momento para tudo e tempo
 certo para cada coisa” (Eclesiastes 3,1).
Desta forma, temos que buscar a fonte do amor, que é Deus. “Amados, amemo-nos uns aos outros, pois o amor vem de Deus. E todo aquele que ama, nasceu de Deus e conhece a Deus” (1 João 4,7).

Assim, devemos buscar a Deus e estreitar o nosso relacionamento com Ele, para beber da fonte do amor, seja na Eucaristia, na leitura da Bíblia, no Sacramento da Reconciliação e em nossas orações.

Com isso, podemos nos preencher ainda mais do amor de Deus e nos deixar ser amados por Ele. Desse modo, não sentiremos carências no tempo de espera, pois estamos bebendo da fonte de todo amor.

Porém, não basta apenas beber desse amor. É necessário transbordá-lo nos outros ao nosso redor. Não podemos guardá-lo para nós mesmos.

Então, precisamos transbordar esse amor nas pessoas que estão próximas da gente, em nosso dia a dia, por exemplo, nossa família, amigos, colegas de trabalho e escola, e outras pessoas que nos deparamos durante o dia, como o porteiro e o motorista do busão. Às vezes, um simples “bom dia” ou “obrigado” pode fazer o dia dessas pessoas ser melhor.

Outra coisa importante é não deixarmos que a nossa vida gire somente em torno da procura por um relacionamento. É comum nos dias dos namorados, e até em outras datas, por exemplo, vermos lamentos dos solteiros nas redes sociais. Não devemos ser assim. Temos que pensar em outras coisas também, como em nossos estudos, trabalho, família e ocupar o nosso tempo com algo que gostamos de fazer, por exemplo, em hobbies, como pintar, ler, praticar um esporte entre outras coisas.

Para esperar, é necessário ter a virtude da paciência. É preciso confiar em Deus e saber que tudo tem o seu tempo certo. “De baixo do céu, há momento para tudo e tempo certo para cada coisa” (Eclesiastes 3,1).

Por isso, não devemos nos desesperar e, sim, esperar. Mas essa espera deve ser ativa, buscando ter a cada dia mais intimidade com Deus, praticar o amor com as pessoas ao nosso redor e não deixar de fazer as coisas que gostamos e afazeres diários.

Assim, quando chegar aquele filho ou filha de Deus na sua vida, você estará com o coração mais bem preparado para amar essa pessoa. E, se ela já chegou, vá devagar, com calma, paciência e colocando esse início de relacionamento em oração, desde já.

sexta-feira, 11 de setembro de 2015

O que é um amor casto?

Com muita alegria, escrevo esse primeiro texto do blog. É muito bom falar sobre o amor, mas melhor ainda é amar. E, com muito amor, venho partilhar com você o pouco que eu sei e busco viver.

Você, talvez, deve estar se perguntando: “afinal, o que é um amor casto? Como se vive isso?”. Pois bem, explicarei.

Uma das melhores definições de amor casto que encontrei está no catecismo da Igreja Católica. Segundo ele, “um amor casto é um amor que se defende contra todas as forças internas e externas que o procuram destruir.”

Interessante, né? Mas quais são essas forças internas e externas que querem destruir o amor?

Casal de namorados de frente um para o outro, com as mãos dadas.
“Um amor casto é um amor que se defende contra todas as
 forças internas e externas que o procuram destruir.”
Uma delas é o egoísmo que está dentro de nós. Quando, por exemplo, se busca usar uma pessoa para somente ter prazer com ela e satisfazer o nosso desejo egoísta, o amor é destruído. Pois o amor não é descartável, não se usa e joga fora depois, como um copo plástico.

Outra força que busca destruir o amor são as falsas ideias de “amor” divulgadas por ai, como, por exemplo, os relacionamentos abertos. De fato, isso está longe de ser amor ou uma forma de amar, porque quando uma pessoa ama ela é fiel.

Então como podemos combater essas forças internas e externas que querem destruir o amor? Com a castidade!

Castidade é uma palavra que tem origem do latim castitas, que significa pureza e integridade. Uma pessoa casta, segundo o Youcat – catecismo jovem da Igreja Católica –, é alguém apto à paixão que reserva o seu desejo erótico para amar de forma mais pura e consciente, sem se tornar escravo dos próprios impulsos e desejos.

Como li em um artigo do canal Jovens de Maria, que faz parte do Portal A12.com, a castidade é uma virtude que purifica o amor humano. Mas purifica do quê? Pois, o amor é algo tão belo e puro em sua essência. Pois bem, a água é também algo puro e bom, mas ela pode se contaminar ao entrar em contato com a sujeira. Assim é o amor. Ele pode se contaminar com o egoísmo e a luxúria.

Com a castidade, o amor humano é purificado e, assim, exercitando essa virtude, nos tornamos livres para amar sem sermos escravos dos impulsos e paixões egoístas.

Como podemos experimentar o amor?

Em um encontro com jovens na cidade italiana de Turim, uma jovem fez a seguinte pergunta ao Papa Francisco: “Muitas vezes, nos sentimos decepcionados no amor, mas como podemos experimentar o amor?”. O papa respondeu: “O amor é casto. Neste mundo hedonista digo para vocês: sejam castos!”.

O que o Papa Francisco quis dizer com isso? Simples. Quando alguém busca viver a castidade em um relacionamento, por exemplo, ela está sacrificando os seus desejos egoístas e de luxúria para amar, e o amor é sacrifício. “O amor se sacrifica pelos outros. Vejam o exemplo dos pais que se sacrificam por seus filhos. Isso é amor”, disse o Papa Francisco aos jovens naquela ocasião.

Então, como recomendou o Papa Francisco, em um mundo hedonista, onde o prazer é um fim, somos convidados a viver a castidade. Dessa forma, vivendo essa virtude, conseguimos purificar o amor que está dentro de nós de todo o egoísmo, luxúria e formas falsas de “amar”.

Estamos juntos nessa batalha. Como foi dito, a castidade é uma virtude, ou seja, deve ser exercitada todos os dias. Se cair, não desanime, viu? Peça a Deus que te ajude a vivenciá-la e a Nossa Senhora que interceda para que você possa a cada dia dar um passo em direção ao amor casto e verdadeiro.


Fontes:

Youcat – Catecismo Jovem da Igreja Católica

Portal A12, O que é castidade? Por quê é importante vivê-la? Disponível em: <http://www.a12.com/jovens-de-maria/noticias/detalhes/o-que-e-a-castidade-por-que-e-importante-vive-la> Acesso em 10 de setembro de 2015.

Portal Canção Nova,
Papa fala de castidade, serviço e critica cultura que descarta jovens. Disponível em: <http://papa.cancaonova.com/papa-fala-de-castidade-servico-e-critica-cultura-que-descarta-jovens/> Acesso em 10 de setembro de 2015.