Quando
estamos naquela fase da paixão, às vezes, temos muitas ideias de
como é a pessoa e como será ter um relacionamento com esse alguém.
Chegamos até mesmo a projetar algumas coisas. Porém, quando a
conhecemos mais profundamente, descobrindo os defeitos, vemos que não
era bem aquilo que havíamos pensado antes. A partir disso, aceitando
esse fato, começamos a amá-la de verdade, sem idealizações, mas
como ela é realmente.
Devemos
tomar cuidado para não ficarmos presos em nossas idealizações. De
repente, podemos amar uma idealização, em vez de uma pessoa. E,
assim, sofrer e até mesmo machucar o outro.
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Devemos amar a pessoa, e não uma idealização. |
Há
algumas semanas atrás, assisti a um filme chamado “Ruby Sparks –
A Namorada Perfeita”. É uma comédia romântica. O filme mostra a
história de um escritor que escreve sobre uma mulher perfeita, do
jeito que ele queria, para amá-lo. De repente, ela sai do papel e
passa a existir no mundo real. No
decorrer da trama, a moça começa a ter personalidade própria e ser
quem ela é. Isso não agrada ao rapaz, que tenta mudá-la e chega
até mesmo a machucá-la.
Apesar
de o filme ser uma ficção, às vezes, no mundo real as pessoas
também se apaixonam por uma idealização e tentam, a todo custo,
fazer com que o outro corresponda a esse ideal. Isso, de fato, não é
amor.
Então,
como podemos ser livres dessas idealizações e amar de verdade?
Diálogo
O
primeiro passo para se livrar dessas idealizações é o diálogo.
Por meio dele, podemos conhecer quem é a pessoa. Assim é possível
descobrir os valores, aspirações, objetivos, do que ela gosta e não
gosta, e a história de vida dela.
O
amor é livre
Depois
de conhecer bem o outro, por meio do diálogo e da convivência, é
necessário aceitá-lo como ele é, e não tentar fazer com que essa
pessoa seja o que queremos ou idealizamos antes, pois o amor é
livre. Por exemplo, se eu gosto muito de futebol, não posso obrigar
o outro a gostar também. E isso vale para qualquer tipo de
relacionamento, como a amizade.
Assim,
aceitando o outro como ele é e não tentando mudá-lo de acordo com
as nossas projeções, nos tornamos mais maduros afetivamente.
Da
mesma forma que devemos deixar o outro ser quem é, também temos que
ser quem somos. Por exemplo, se eu busco viver a castidade em um
relacionamento, não posso mudar esse valor por causa de alguém.
Voltando
ao filme “Ruby Sparks – A Namorada Perfeita”, que citei acima,
o escritor somente passa a amar a moça quando a deixa ser livre e quem ela é realmente.
Portanto, devemos deixar o outro ser quem ele é, de forma livre. Sem
projetar uma idealização nessa pessoa. E desta forma, amá-la de
verdade.
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