sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Castidade no olhar

A castidade é uma virtude que se vive com o corpo, a mente e o coração. Cuidamos de cada uma dessas partes integrantes do nosso ser, para protegê-las do falso amor e capacitá-las ao amor verdadeiro. Da mesma forma, é necessário cuidar do nosso olhar.

Por meio dele, entram várias informações em nossa mente e coração – algumas boas outras nem tanto. Se deixarmos de vigiar e orar, com relação aos nossos olhos, corremos o risco de pecar. Devemos aprimorar o nosso olhar para amar e viver a castidade.

Vivemos em um mundo onde estamos cercados por diversas informações visuais transmitidas pelos veículos de comunicação, como a TV, revistas, jornais, banners, internet entre outros. Algumas vezes, as informações ou o que é transmitido pode nos levar a pecar contra a castidade. Por exemplo, programas de televisão que exploram a sensualidade dos corpos de homens e mulheres, para aumentar a audiência, empurram os telespectadores ao pecado.
É necessário saber olhar o próximo com respeito, amor e pureza.
Essa mesma exploração da sensualidade é vista também em outros veículos, sejam impressos, digitais e eletrônicos.

Então, o quê fazer para proteger os nossos olhos e a nossa pureza?

A resposta é: fugir. Isso mesmo, correr. Se por um acaso você estiver assistindo TV e, de repente, surgir algo desse tipo, mude de canal. Não exite. Faça a mesma coisa na internet também, corra. Feche a página. Se ver um banner na rua que possa te levar a pecar, desvie o seu olhar.

Nessas horas, fugir e correr é uma decisão corajosa de quem decididamente busca viver a castidade e quer amar de verdade. Fuja, sem exitar, das ocasiões de pecado que podem levar o seu olhar a pecar.

É também necessário aprender a olhar castamente, sem desejar possuir o outro, para a satisfação de prazeres egoístas. É preciso enxergar o próximo como uma pessoa amada por Deus e que possui dignidade e, por isso, deve ser respeitada e amada. Lembre-se, o nosso corpo e o do próximo são templos do Espírito Santo. "Ou vocês não sabem que o seu corpo é templo do Espírito Santo, que está em vocês e lhes foi dado por Deus? Vocês já não pertencem a si mesmo" (1 Coríntios 6,20).

Caso você tenha dificuldade em olhar com pureza as pessoas a sua volta, ore, fale com Deus, peça a intercessão da Virgem Maria, para que você possa ter um olhar casto. Falando um pouco de mim, para buscar olhar de maneira mais casta, passei a rezar uma Ave-Maria sempre que o meu olhar estiver se desviando da virtude da castidade. Isso me ajuda bastante, e penso que poderá ajudá-lo também. Se quiser, experimente essa prática.

Alguns podem se perguntar assim: “E se a roupa ou o comportamento do outro puderem me levar a pecar pelo olhar?”. Então, olhe como Jesus, com amor, misericórdia e compaixão. Algumas pessoas se vestem ou se comportam de maneira muito sensual, para buscarem ser amadas, pois nelas há uma carência de amor. Por isso, ame-as de verdade, sem olhá-las como objetos, mas sim como filhos e filhas amadas por Deus.

Sendo assim, vamos proteger o nosso olhar – e, dessa forma, o nosso coração – de todos produtos de mídia que podem nos levar a pecar contra a castidade. Não exite, fuja. Assista a bons programas de TV, leia bons livros. Também  é necessário, por meio da oração, disciplina e decisão, treinar o nosso olhar, para que ele seja mais casto e aprenda a olhar o próximo contemplando a sua dignidade, com respeito e amor.

Fonte:

Destrave Cação Nova, Os puros verão a Deus. Disponível em: <http://destrave.cancaonova.com/os-puros-verao-deus/> Acesso em 20 de novembro de 2015.

Youtube, Jason Evert_Desintoxicando-se de toda pornografia_Revolução Jesus_11/01/2014. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=1fhEaUgj6u4> Acesso em 20 de novembro de 2015.


sexta-feira, 30 de outubro de 2015

O valor de um beijo

Alguns jovens estão indo em baladas, ou em outras festas, com um único propósito: “ficar” com alguém. Buscam um momento, nada mais. Uma relação de minutos, sem conhecimento mútuo, muito menos amor e compromisso. Distribuem vários beijos em muitas pessoas, mas será que sabem o quanto realmente vale um beijo?

Pense: em quem você daria um beijo? Me refiro ao beijo entre homem e mulher. Alguém que vai numa balada com a intenção de “ficar”, por exemplo, responderia assim: “Ah, daria um beijo em alguém atraente fisicamente”. Porém, será que alguém que conhecemos em uma balada, há poucos minutos, merece receber esse beijo teu, que é um gesto de afeto, carinho, acolhimento e fidelidade? Claro, que não.

Todo gesto de afeto que fazemos tem um significado. Por exemplo, quando apertamos a mão de alguém em um cumprimento, mostramos reciprocidade, confiança e respeito. Quando também damos um abraço, a gente mostra afeição e amor pela pessoa abraçada. Com o beijo, sendo um gesto afetivo, não poderia ser diferente. O tocar de lábios entre duas pessoas significa algo muito especial, porque o beijo não é dado a qualquer um.

O beijo deve significar carinho, afeição e amor,
 dentro de um compromisso sério.
Vocês já assistiram ao filme do Tarzan? Percebam que Tarzan e Jane só dão o beijo ao final do filme. Depois de uma amizade entre os dois, após cada um ter conhecido melhor um ao outro e passado por várias coisas juntos, eles sentiram um sentimento maior do que amizade e começaram, a partir daquele beijo, a namorar.

Ou seja, ao beijar alguém, você está dizendo que tem um afeto, amor e carinho muito especial por essa pessoa. E, para ter esse tipo de sentimento, é necessário conhecê-la a fundo, ter uma amizade, conhecer a história e o coração do outro. Isso, com certeza, não é possível de ser feito em alguns minutos na balada.

Por causa do “ficar”, muitos jovens estão machucando os outros e sendo machucados também. Uma “ficada” pode gerar expectativas na outra pessoa. Ao ver que o “ficante” a quis apenas por uma noite ou momento, ela se sentirá mal, pois brincaram com os seus sentimentos. E brincar e usar o outro como objeto descartável, para apenas obter prazer, é pecado. Não devemos usar as pessoas, mas, sim, amá-las.

Jovem, não deixe-se enganar pelo “ficar”. Busque algo maior que isso. Reserve os seus beijos para alguém que os mereça, em seu futuro namoro. Que o seu beijo sirva para marcar o início de um namoro, de um compromisso sério, pois, como disse, o beijo é um gesto muito especial que demonstra carinho, afeto e amor por uma pessoa especial também.

Portanto, vamos trocar as “ficadas” por amor de verdade, em Cristo. Não digo que beijar seja algo ruim. “Tudo o que Deus criou é bom, e nada é rejeitável se for gozado com gratidão” (1 Timóteo 4,4). Sendo assim, paremos de usar o beijo como uma forma de obter prazer egoísta com luxúria. Vamos valorizá-lo. Que o beijo seja um gesto de amor, carinho e afeição a alguém dentro de um compromisso sério.

Fontes:

Blog Vida e Castidade, E beijo de língua? Tá tudo bem? Todo mundo me diz uma coisa diferente… Disponível em: <http://vidaecastidade.blogspot.com.br/2010/12/e-beijo-de-lingua-ta-tudo-bem-todo.html> Acesso em: 29 de outubro de 2015.

Blog Revolução Jesus, da Canção Nova, Beijo… Disponível em: <http://blog.cancaonova.com/revolucaojesus/2008/11/18/beijo/> Acesso em 29 de outubro de 2015.

Blog Revolução Jesus, da Canção Nova, Qual é o sentido do beijo? Disponível em: <http://blog.cancaonova.com/revolucaojesus/2014/02/17/qual-e-o-sentido-do-beijo/> Acesso em: 29 de outubro de 2015.

domingo, 18 de outubro de 2015

Dica de leitura: A mulher segundo o coração de Deus

Venho compartilhar com vocês, mulheres, por meio deste texto, uma dica de leitura. É um livro que terminei de ler a poucos dias: A mulher segundo o coração de Deus, escrito por Fernanda Soares, membro da comunidade Canção Nova, jornalista e apresentadora dos programas “Revolução Jesus” e “Vitrine Mix”, da TV Canção Nova.

De fato, é um livro para o público jovem feminino. Porém, me emprestaram e, por curiosidade, comecei a lê-lo. Indico a todas as mulheres católicas, pois o livro é muito bom! E também aos homens, que tiverem interesse, pois a leitura nos ajuda a amar melhor as mulheres.

A mulher segundo o coração de Deus, de Fernanda Soares.
Primeiramente, digo a vocês que o livro, publicado pela Editora Canção Nova, é bem escrito. Tem uma linguagem leve e jovem. É difícil se cansar de ler. Em poucos dias, ou até horas, é possível ler inteiro o livro, que tem 125 páginas com diversos conteúdos de interesse das mulheres.

Os assuntos abordados por Fernanda Soares em A mulher segundo o coração de Deus são atuais e de interesse das jovens cristãs. Questões relacionadas ao papel da mulher, a beleza feminina, feminismo, feminilidade, castidade entre outras são bem explicadas pela autora.

É importante destacar que no livro há depoimentos e testemunhos de outras jovens cristãs. Fernanda também partilha o próprio testemunho com as leitoras.

A autora também não esquece de falar sobre a Virgem Maria, maior modelo de mulher segundo o coração de Deus.

Enfim, A mulher segundo o coração de Deus é um livro que trata sobre vários assuntos de interesse das jovens mulheres católicas que buscam a santidade. Recomendo a leitura!

sábado, 10 de outubro de 2015

A batalha pela castidade

Quando um jovem, por amor, decide viver a castidade, seja como solteiro ou em seu namoro, ele está tomando uma decisão corajosa e sábia. É uma atitude que vai na contramão de tudo que é pregado pela sociedade atual – ou seja, uma vida de sexualidade desregrada.

Contudo, apesar de não sermos do “mundo”, porém vivendo nele, estamos expostos à muitas coisas que querem nos confundir a respeito do que é o amor verdadeiro e, assim, nos levar ao pecado. Essas coisas estão, muitas vezes, nos meios de comunicações, internet, redes sociais e até mesmo nas ruas. Devemos ter cuidados com essas coisas que podem nos levar a pecar. É necessário ficar atento, vigiar e orar.

Quando buscamos viver a virtude da castidade, passamos a enfrentar uma batalha contra todas essas coisas. Não é fácil. Pode acontecer nessa guerra alguns tropeços e quedas. Isso acaba desanimando alguns. Mas, digo para você, não desanime e nem desista, pois vale muito a pena viver a virtude da castidade.

Na batalha pela castidade é preciso ser perseverante, pois vale a pena!
Em um texto do professor Felipe Aquino, da Canção Nova, li a seguinte frase: “Não importa quantas vezes você cai; importa que se levante. Jesus sabe que você está numa guerra e que numa guerra às vezes o soldado pode cair e ser até baleado, mas nem por isso deve desistir de lutar.”

Então, não desanime se você cair, tropeçar ou se machucar nessa batalha. Levante-se e siga em frente.

Você já assistiu aqueles filmes americanos de guerra? Note que sempre quando um soldado é ferido um companheiro vem para ajudá-lo. Nenhum soldado fica pra trás. Sendo assim, se você está com dificuldades para viver a castidade, conte também com o auxílio de pessoas experientes e da sua confiança, para ajudá-lo nessa batalha. E, principalmente, conte com a ajuda de Jesus e com a intercessão da Virgem Maria. Você não está sozinho!

Numa batalha, também é preciso curar as feridas, arranhões e machucados. Sendo assim, busque o sacramento da Confissão, que pode te ajudar muito. Digo por experiência própria, confessar-me tem me ajudado bastante a viver a virtude da castidade. Nas vezes em que me confessei, me senti mais leve e ainda mais determinado a viver um amor casto.

Portanto, jovem, seja corajoso e perseverante. Não desanime, lute! Essa batalha vale muito a pena. Os frutos virão com o tempo, e sim, creio que você não irá se arrepender.

Fonte:
Portal Canção Nova, Uma palavra aos jovens sobre sexo. Disponível em: <http://blog.cancaonova.com/felipeaquino/2013/09/06/uma-palavra-aos-jovens-sobre-sexo/> Acesso em 10 de outubro de 2015.

sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Amar uma pessoa, e não uma idealização

Quando estamos naquela fase da paixão, às vezes, temos muitas ideias de como é a pessoa e como será ter um relacionamento com esse alguém. Chegamos até mesmo a projetar algumas coisas. Porém, quando a conhecemos mais profundamente, descobrindo os defeitos, vemos que não era bem aquilo que havíamos pensado antes. A partir disso, aceitando esse fato, começamos a amá-la de verdade, sem idealizações, mas como ela é realmente.

Devemos tomar cuidado para não ficarmos presos em nossas idealizações. De repente, podemos amar uma idealização, em vez de uma pessoa. E, assim, sofrer e até mesmo machucar o outro.

Devemos amar a pessoa, e não uma idealização.
Há algumas semanas atrás, assisti a um filme chamado “Ruby Sparks – A Namorada Perfeita”. É uma comédia romântica. O filme mostra a história de um escritor que escreve sobre uma mulher perfeita, do jeito que ele queria, para amá-lo. De repente, ela sai do papel e passa a existir no mundo real. No decorrer da trama, a moça começa a ter personalidade própria e ser quem ela é. Isso não agrada ao rapaz, que tenta mudá-la e chega até mesmo a machucá-la.

Apesar de o filme ser uma ficção, às vezes, no mundo real as pessoas também se apaixonam por uma idealização e tentam, a todo custo, fazer com que o outro corresponda a esse ideal. Isso, de fato, não é amor.

Então, como podemos ser livres dessas idealizações e amar de verdade?

Diálogo
O primeiro passo para se livrar dessas idealizações é o diálogo. Por meio dele, podemos conhecer quem é a pessoa. Assim é possível descobrir os valores, aspirações, objetivos, do que ela gosta e não gosta, e a história de vida dela.

O amor é livre
Depois de conhecer bem o outro, por meio do diálogo e da convivência, é necessário aceitá-lo como ele é, e não tentar fazer com que essa pessoa seja o que queremos ou idealizamos antes, pois o amor é livre. Por exemplo, se eu gosto muito de futebol, não posso obrigar o outro a gostar também. E isso vale para qualquer tipo de relacionamento, como a amizade.

Assim, aceitando o outro como ele é e não tentando mudá-lo de acordo com as nossas projeções, nos tornamos mais maduros afetivamente.

Da mesma forma que devemos deixar o outro ser quem é, também temos que ser quem somos. Por exemplo, se eu busco viver a castidade em um relacionamento, não posso mudar esse valor por causa de alguém.

Voltando ao filme “Ruby Sparks – A Namorada Perfeita”, que citei acima, o escritor somente passa a amar a moça quando a deixa ser livre e quem ela é realmente.

Portanto, devemos deixar o outro ser quem ele é, de forma livre. Sem projetar uma idealização nessa pessoa. E desta forma, amá-la de verdade.

quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Ser homem de verdade a exemplo de São José

De alguns dias pra cá, me estava fazendo a seguinte pergunta: “Como me tornar um homem melhor?”. Penso que esse tipo de questionamento é algo comum na vida de todos nós homens que queremos ser melhores.

Diante disso, lembrei-me de São José. Sem dúvida, um grande exemplo para todos nós. São muitas as virtudes e qualidades de José que podem nos ensinar a sermos homens de verdade.

Às vezes, a imagem de um “homem de verdade” é tida como quem sabe fazer a barba, estufa o peito e fala grosso. Porém, isso é um engano. O que define um homem são coisas mais profundas que estão em nossas atitudes e posturas diante da vida.

São José: exemplo de homem justo e confiante em Deus.

Acredito que o primeiro passo para ser um homem melhor é ser justo, como São José, que é definido na Palavra como um homem justo (Mateus 1,19).

Mas, afinal, o que é ser justo?

Ser justo, como São José, é ser uma pessoa íntegra, correta e que segue os desígnios de Deus. Se fizermos isso, já daremos um grande passo para sermos homens melhores.

Outro passo é confiar em Deus.

Quando o rei Herodes mandou matar todos os meninos de Belém que tinham menos de dois anos, São José foi avisado por meio de um anjo do Senhor para fugir e ir ao Egito, a fim de proteger o Menino Jesus.

Resumindo: São José tinha que fazer uma longa viagem para um lugar estranho e de língua diferente, enfrentando o calor do deserto, durante o dia; e o frio, a noite. Missão difícil, né?

Porém, São José, confiou em Deus e foi com Maria e Jesus para o Egito. Ao final, deu tudo certo. Jesus estava protegido. Depois de um tempo, eles saíram do Egito e passaram a viver em Nazaré (Mateus 2, 13-23).

Às vezes, diante das dificuldades, nós homens agimos somente com as nossas próprias forças e esquecemos de confiar em Deus. Quando confiamos em Deus, passamos a lidar melhor com as contrariedades da vida.

Com o exemplo de São José, podemos também aprender a viver a castidade. José nunca teve relações com a Mãe de Deus. Soube ser casto e respeitar a dignidade de Maria.

São João Paulo II disse que “Deus deu como dever de cada homem a dignidade de cada mulher”. Que, com o exemplo de São José, saibamos proteger a dignidade das nossas namoradas, sabendo que há momento certo para cada coisa, e coisas que são exclusivas do matrimônio.

Como pai adotivo de Jesus, São José colaborou com Maria na educação do Filho de Deus e ensinou a Jesus a profissão de carpinteiro. Desta forma, são José ensina a nós homens a exercer a paternidade, que é dar bons conselhos e preparar os filhos para viverem na sociedade.

Enfim, podemos aprender muito com José a sermos homens melhores. Em algumas orações a São José, ouvi o termo “valei-nos”, que significa ajudai-nos. Sendo assim, que São José nos ajude a sermos homens justos, confiantes em Deus, castos e sábios para exercer a paternidade. São José, valei-nos!


Fonte:

Portal Canção Nova, São José: Um homem justo. Disponível em: <http://formacao.cancaonova.com/igreja/santos/sao-jose-um-homem-justo/> Acesso em: 24 de setembro de 2015.

quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Esperar sem se desesperar

Esse texto é para você que é solteiro e está esperando o príncipe ou a princesa que Deus tem para ti. O momento da espera realmente não é fácil, mas é algo necessário. Deve-se aproveitar bem esse tempo para preparar o coração.

Nos contos de fadas, estamos acostumados a ver uma espera passiva. No caso da Rapunzel, por exemplo, ela espera o príncipe encantado sentada, penteando os cabelos e vendo o tempo passar. Pior ainda é a Bela Adormecida, que passava o dia inteiro tirando um cochilo (rs).

Para nós, cristãos que não vivemos em contos de fadas e, sim, na realidade, a nossa espera deve ser ativa. Antes de encontrar alguém para amar, devemos praticar o amor desde já, como solteiros.

Homem olhando para o relógio de pulso.
“De baixo do céu, há momento para tudo e tempo
 certo para cada coisa” (Eclesiastes 3,1).
Desta forma, temos que buscar a fonte do amor, que é Deus. “Amados, amemo-nos uns aos outros, pois o amor vem de Deus. E todo aquele que ama, nasceu de Deus e conhece a Deus” (1 João 4,7).

Assim, devemos buscar a Deus e estreitar o nosso relacionamento com Ele, para beber da fonte do amor, seja na Eucaristia, na leitura da Bíblia, no Sacramento da Reconciliação e em nossas orações.

Com isso, podemos nos preencher ainda mais do amor de Deus e nos deixar ser amados por Ele. Desse modo, não sentiremos carências no tempo de espera, pois estamos bebendo da fonte de todo amor.

Porém, não basta apenas beber desse amor. É necessário transbordá-lo nos outros ao nosso redor. Não podemos guardá-lo para nós mesmos.

Então, precisamos transbordar esse amor nas pessoas que estão próximas da gente, em nosso dia a dia, por exemplo, nossa família, amigos, colegas de trabalho e escola, e outras pessoas que nos deparamos durante o dia, como o porteiro e o motorista do busão. Às vezes, um simples “bom dia” ou “obrigado” pode fazer o dia dessas pessoas ser melhor.

Outra coisa importante é não deixarmos que a nossa vida gire somente em torno da procura por um relacionamento. É comum nos dias dos namorados, e até em outras datas, por exemplo, vermos lamentos dos solteiros nas redes sociais. Não devemos ser assim. Temos que pensar em outras coisas também, como em nossos estudos, trabalho, família e ocupar o nosso tempo com algo que gostamos de fazer, por exemplo, em hobbies, como pintar, ler, praticar um esporte entre outras coisas.

Para esperar, é necessário ter a virtude da paciência. É preciso confiar em Deus e saber que tudo tem o seu tempo certo. “De baixo do céu, há momento para tudo e tempo certo para cada coisa” (Eclesiastes 3,1).

Por isso, não devemos nos desesperar e, sim, esperar. Mas essa espera deve ser ativa, buscando ter a cada dia mais intimidade com Deus, praticar o amor com as pessoas ao nosso redor e não deixar de fazer as coisas que gostamos e afazeres diários.

Assim, quando chegar aquele filho ou filha de Deus na sua vida, você estará com o coração mais bem preparado para amar essa pessoa. E, se ela já chegou, vá devagar, com calma, paciência e colocando esse início de relacionamento em oração, desde já.

sexta-feira, 11 de setembro de 2015

O que é um amor casto?

Com muita alegria, escrevo esse primeiro texto do blog. É muito bom falar sobre o amor, mas melhor ainda é amar. E, com muito amor, venho partilhar com você o pouco que eu sei e busco viver.

Você, talvez, deve estar se perguntando: “afinal, o que é um amor casto? Como se vive isso?”. Pois bem, explicarei.

Uma das melhores definições de amor casto que encontrei está no catecismo da Igreja Católica. Segundo ele, “um amor casto é um amor que se defende contra todas as forças internas e externas que o procuram destruir.”

Interessante, né? Mas quais são essas forças internas e externas que querem destruir o amor?

Casal de namorados de frente um para o outro, com as mãos dadas.
“Um amor casto é um amor que se defende contra todas as
 forças internas e externas que o procuram destruir.”
Uma delas é o egoísmo que está dentro de nós. Quando, por exemplo, se busca usar uma pessoa para somente ter prazer com ela e satisfazer o nosso desejo egoísta, o amor é destruído. Pois o amor não é descartável, não se usa e joga fora depois, como um copo plástico.

Outra força que busca destruir o amor são as falsas ideias de “amor” divulgadas por ai, como, por exemplo, os relacionamentos abertos. De fato, isso está longe de ser amor ou uma forma de amar, porque quando uma pessoa ama ela é fiel.

Então como podemos combater essas forças internas e externas que querem destruir o amor? Com a castidade!

Castidade é uma palavra que tem origem do latim castitas, que significa pureza e integridade. Uma pessoa casta, segundo o Youcat – catecismo jovem da Igreja Católica –, é alguém apto à paixão que reserva o seu desejo erótico para amar de forma mais pura e consciente, sem se tornar escravo dos próprios impulsos e desejos.

Como li em um artigo do canal Jovens de Maria, que faz parte do Portal A12.com, a castidade é uma virtude que purifica o amor humano. Mas purifica do quê? Pois, o amor é algo tão belo e puro em sua essência. Pois bem, a água é também algo puro e bom, mas ela pode se contaminar ao entrar em contato com a sujeira. Assim é o amor. Ele pode se contaminar com o egoísmo e a luxúria.

Com a castidade, o amor humano é purificado e, assim, exercitando essa virtude, nos tornamos livres para amar sem sermos escravos dos impulsos e paixões egoístas.

Como podemos experimentar o amor?

Em um encontro com jovens na cidade italiana de Turim, uma jovem fez a seguinte pergunta ao Papa Francisco: “Muitas vezes, nos sentimos decepcionados no amor, mas como podemos experimentar o amor?”. O papa respondeu: “O amor é casto. Neste mundo hedonista digo para vocês: sejam castos!”.

O que o Papa Francisco quis dizer com isso? Simples. Quando alguém busca viver a castidade em um relacionamento, por exemplo, ela está sacrificando os seus desejos egoístas e de luxúria para amar, e o amor é sacrifício. “O amor se sacrifica pelos outros. Vejam o exemplo dos pais que se sacrificam por seus filhos. Isso é amor”, disse o Papa Francisco aos jovens naquela ocasião.

Então, como recomendou o Papa Francisco, em um mundo hedonista, onde o prazer é um fim, somos convidados a viver a castidade. Dessa forma, vivendo essa virtude, conseguimos purificar o amor que está dentro de nós de todo o egoísmo, luxúria e formas falsas de “amar”.

Estamos juntos nessa batalha. Como foi dito, a castidade é uma virtude, ou seja, deve ser exercitada todos os dias. Se cair, não desanime, viu? Peça a Deus que te ajude a vivenciá-la e a Nossa Senhora que interceda para que você possa a cada dia dar um passo em direção ao amor casto e verdadeiro.


Fontes:

Youcat – Catecismo Jovem da Igreja Católica

Portal A12, O que é castidade? Por quê é importante vivê-la? Disponível em: <http://www.a12.com/jovens-de-maria/noticias/detalhes/o-que-e-a-castidade-por-que-e-importante-vive-la> Acesso em 10 de setembro de 2015.

Portal Canção Nova,
Papa fala de castidade, serviço e critica cultura que descarta jovens. Disponível em: <http://papa.cancaonova.com/papa-fala-de-castidade-servico-e-critica-cultura-que-descarta-jovens/> Acesso em 10 de setembro de 2015.